Soft skills superam diplomas e ditam o futuro do trabalho
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No Brasil, competências como resiliência, comunicação e resolução de problemas são mais valorizadas que a formação acadêmica tradicional, aponta pesquisa Carreira dos Sonhos da Cia de Talentos
São Paulo, outubro de 2025 – Se antes um diploma de graduação ou um MBA eram considerados passaporte para o sucesso, hoje isso não basta mais. A formação acadêmica continua sendo um pilar importante de aprendizado e para acessar melhores salários e posições estratégicas, mas deixou de ser suficiente diante das transformações do mundo do trabalho. O avanço da tecnologia, a ascensão de novas carreiras e a necessidade de adaptação constante fizeram com que competências comportamentais ganhassem protagonismo.
Esse movimento é corroborado por diferentes levantamentos. O relatório Future of Jobs do Fórum Econômico Mundial aponta que, até 2027, competências como pensamento crítico, resiliência e colaboração estarão entre as mais valorizadas, superando a exigência de formações acadêmicas específicas. Já a pesquisa Global Talent Trends, do LinkedIn, mostra que 92% das lideranças de RH consideram as soft skills tão ou mais importantes que o conhecimento técnico, e que 89% dos desligamentos acontecem por falhas comportamentais, não por falta de qualificação formal.
No Brasil, estudo da McKinsey revela que 40% das empresas têm dificuldade em encontrar profissionais com habilidades socioemocionais, mesmo entre pessoas com sólida formação acadêmica. Esse retrato também aparece na Pesquisa Carreira dos Sonhos 2024, realizada pela Cia de Talentos com mais de 93 mil respondentes, mostra que profissionais de todas as gerações colocam competências comportamentais no centro do desenvolvimento de carreira.
Entre as habilidades mais desejadas para aprimorar dentro das empresas, a resolução de problemas complexos aparece como prioridade para 34% da Geração Z, 32% dos Millennials e 29% da Geração X. Quando o olhar se volta para a formação acadêmica, os dados da Pesquisa Carreira dos Sonhos mostram que ela segue sendo fundamental: 72% da Geração Z consideram o curso de graduação essencial para sua atuação profissional, enquanto apenas 3% dizem que ele não foi relevante. O desafio, no entanto, está no fato de que, diante das rápidas transformações do mercado, o diploma precisa ser constantemente complementado com experiências práticas e o desenvolvimento de competências comportamentais para garantir um preparo mais completo.
Um levantamento do FGV IBRE complementa esse cenário ao mostrar que, embora o ensino superior continue sendo decisivo para a carreira, sua vantagem relativa diminuiu ao longo do tempo. Em 2012, profissionais com ensino superior completo ganhavam em média 152% a mais do que aqueles com ensino médio completo; em 2024, essa diferença caiu para 126%. O dado confirma que a formação acadêmica segue trazendo benefícios expressivos, mas deixou de ser o único fator determinante para a ascensão profissional. Nesse contexto, experiências extracurriculares durante a graduação também se tornam fundamentais. Estudantes que participam de atividades em áreas como ensino, pesquisa, extensão e estágio desenvolvem competências que podem ser incorporadas ao currículo e fazem diferença no processo de inserção no mercado.
Outro ponto relevante da Carreira dos Sonhos também revela um descompasso entre expectativa e prática nas empresas: apenas 46% da Geração Z afirmam receber boas ações de treinamento e desenvolvimento no trabalho. Esse dado reforça a urgência de estratégias mais estruturadas de capacitação contínua, especialmente voltadas para habilidades socioemocionais, como empatia, autonomia e autoconhecimento, que 57% dos Baby Boomers e 55% da Geração Z gostariam de ver habilidades comportamentais incorporadas nas universidades. “O mercado não discute mais se soft skills são relevantes ou não: a questão agora é como apoiar o desenvolvimento dessas competências. Mais do que diplomas, é a capacidade de aprender continuamente, lidar com mudanças, se comunicar e colaborar que define o sucesso profissional”, afirma Danilca Galdini, sócia-diretora de Pessoas & Cultura, DE&I e Insights da Cia de Talentos.
Na prática, a valorização das soft skills redefine tanto o processo de recrutamento quanto os programas de desenvolvimento. Empresas que investem em trilhas de aprendizado personalizadas, mentoring e espaços de troca intergeracional ganham vantagem competitiva. “Já faz alguns anos que falamos sobre a importância de desenvolvermos conhecimento técnico e habilidades comportamentais. Investir em soft skill não é uma necessidade nova, mas uma urgência inegociável diante das muitas transformações do mundo”, conclui Danilca.
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Sobre a Cia de Talentos: Maior consultoria de educação para a carreira da América Latina, a Cia de Talentos atua com recrutamento, seleção, desenvolvimento e employer branding. Com a missão de potenCIAlizar carreiras, o principal diferencial está na equipe formada por profissionais multigeracionais, com experiências diversas e complementares, que se destacam por ter coragem para inovar e garantir sempre o uso das tecnologias mais modernas para atrair, selecionar e desenvolver profissionais desde seu início de carreira até posições de alta liderança. Saiba mais em www.ciadetalentos.com.br.
Patricia Nascimento
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